Sexualidade feminina: porque ainda estamos engatinhando no que diz respeito ao nosso prazer.

O que sexualidade tem a ver com empoderamento? Eu diria TUDO!

E antes de dizer o porquê, devo esclarecer o conceito de sexualidade. Muita gente acredita que sexualidade se refere apenas a sexo, mas não é verdade. Sexualidade é energia, essa energia nos motiva a encontrar amor e a nos relacionar. Se expressa na forma como sentimos e influencia pensamentos, sentimentos, ações e, portanto, a saúde física e mental.
A sexualidade é parte integral da personalidade humana, assim, não há como separa-la de outros aspectos da vida. Ela é formada por aspectos biológicos, psicológicos e sociais, sendo que um dos elementos que mais interfere na sexualidade é a cultura.
Sobretudo na sexualidade feminina, a cultura interferiu e continua interferindo, são muitos mitos e tabus a respeito do corpo das mulheres.
Padrão de beleza, ideais inatingíveis, roupa apropriada, uma lista sobre os comportamentos considerados aceitáveis, depilação, e padronização da vulva. E todas essas preocupações nos sobrecarrega e nos afasta do prazer e da potência que vem com ele.
Seguir padrões não é empoderador, ser você mesma é, porém como mulheres, seguir padrões é o que temos feito: perseguimos um corpo x, aderimos a rotinas alimentares que pouco contemplam a nossa realidade e a mesma coisa acontece na hora de nos vestir: buscamos o que está na moda; ou isso, ou queremos cores sóbrias ou aquelas roupas que vão esconder nossas “imperfeições”.
Sequer respiramos direito, quando temos tanta pressão e metas inalcançáveis, e assim ficamos mais distantes do prazer. Porque nessa busca louca, sufocamos algo extremamente importante, a habilidade de sentir.
Sentir prazer envolve antes de tudo SENTIR! Envolve permissão e quando nos permitimos, sentimos tudo: raiva, medo, tristeza, mas também alegria e claro o tão esperado prazer!
Engatinhamos no caminho rumo ao prazer porque nos impuseram regras mentirosas sobre o sexo e sobre a sexualidade que geraram vergonha e culpa.
Temos medo e vergonha de tocar nossos corpos, e desconstruir tanto tempo de opressão é um processo longo, que não vou mentir pode doer, porém é um caminho para a liberdade, a liberdade dos corpos, a nossa liberdade de ser mulher.

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