2 dicas que vão ajudar na gestão do seu negócio

Olá! Antes de mais nada: feliz ano novo, musas! Desejo que o 2021 de vocês seja mais leve, com muita fertilidade de ideias e, é claro, com muita vacina.
No ano passado li um livro chamado “Essencialismo – a disciplinada busca por menos”. Mais do que para a minha vida pessoa, senti que muitos dos ensinamentos que a filosofia traz (sim, o essencialismo é uma filosofia de vida) podem ser agregados às nossas empresas e nossas rotinas como empreendedoras. Alguns dos pontos abordados no livro vieram de encontro à minha metodologia de trabalho, enquanto outros estou testando, colocando em prática para sentir os resultados. Para esse artigo, quis trazer dois pontos que considero os mais cruciais para nossos projetos: saber discernir o que é essencial de todo o resto e aprender a perder para ganhar. 

Estamos o tempo todo fazendo escolhas, tomando decisões. Precisamos pensar em qual será o próximo passo, qual fornecedor escolher, quais tarefas priorizar. Mas escolher, muitas vezes, pode ser bem difícil – principalmente quando gostamos de todas as opções – ou de nenhuma delas. Aí procrastinamos, vamos deixando para depois, escolhemos sem muita análise, deixamos a escolha ser tomada sozinha. A questão é que nós nem sempre temos controle sobre as opções que se apresentam, mas sempre temos controle sobre qual delas escolhemos.

Quando deixamos de escolher (o que o Essencialismo chama de “escolher por omissão”), nós abrimos mão do nosso livre arbítrio. Com o tempo, a sensação de impotência vai surgindo. Pouco a pouco, inconscientemente, você abre mão do seu poder de escolha e começa a seguir pelas decisões dos outros ou da vida, que vai acontecendo. Você já deve ter sentido alguma vez, ou conhece alguém que passou por isso, aquela sensação de que você está trilhando um caminho que não é bem seu, que não faz sentido pra você, que não te faz feliz. É o que acontece quando a gente não se responsabiliza pelo nosso poder de escolha.

Na sua empresa, agir dessa forma vai fazer você entrar no automático, não vai conseguir traçar boas estratégias e, com o tempo, pode acabar criando algo que, de novo, não faz sentido pra você. A cada decisão importante, é preciso olhar para o que é realmente essencial para você e para a sua empresa agora (ou no seu planejamento de médio-longo prazo, dependendo do contexto). Qual é o seu grande objetivo? Qual é o propósito, a missão do seu negócio? Qual opção vai realmente ajudar você à atingir as metas da sua empresa?

Spoiler: pode ser que nenhuma delas seja boa o bastante, e você não é, necessariamente, obrigada a escolher uma delas. Continuar buscando opções melhores também é uma possibilidade que, apesar de poder ser mais cansativa e consumir mais tempo e energia, provavelmente fará você encontrar a oportunidade certa. Uma frase muito interessante trazida no livro é “se não é um sim óbvio, então é um não óbvio”. Se você não tem certeza absoluta sobre uma das opções, então nenhuma delas é válida.

Mas você pode estar lendo essa matéria e pensando “Ok…mas e se eu analisar e perceber que duas opções parecem perfeitas para o meu negócio e meus objetivos? Se posso não escolher nenhuma delas, então também posso escolher as duas, certo?” Errado. Esse é um pensamento bastante comum. Quando temos que escolher entre duas coisas que queremos, preferimos optar por ambas. Só que, por mais que você queira, é impossível ter tudo, fazer tudo. Nessas situações, geralmente nos perguntamos “como dar conta das duas?” ou, ainda “de qual eu vou ter que abrir mão?”.

O essencialismo sugere perguntas mais difíceis, mas que podem ser bastante libertadoras: “qual problema eu quero?” e “em que quero investir tudo?”. Pode parecer algo muito simples, só que mudar a sua chave e começar a olhar para o que você vai ganhar ao invés do que você vai perder faz muita diferença. Além de não saber qual opção escolher, o medo de tomar uma decisão errada (e, consequentemente, de “perder” possíveis resultados melhores) também pode paralisar você nesse processo. Afinal, por definição, dizer sim a uma oportunidade significa dizer não às outras. E até que você aceite que isso é um fato, uma realidade, que você necessariamente precisará perder algumas coisas para ganhar outras, você estará presa na “estratégia em cima do muro”, o que te forçará a fazer, por omissão, pequenos sacrifícios (que talvez não fossem feitos de caso pensado).

Tomar as decisões de forma consciente obriga você a pensar em todas as opções e selecionar estrategicamente a que for melhor, e isso aumenta de forma significativa a probabilidade de você obter o resultado desejado.Se você está meio empacada, sem saber qual decisão tomar pelo seu negócio, qual passo ou ação escolher, o livro deixa uma pergunta muito boa: “Se você só pudesse fazer uma única coisa pela sua empresa, pelo seu projeto agora, o que seria?”.

Aprender a fazer escolhas conscientes e à dizer não às oportunidades que não são essenciais para os seus objetivos vai ajudar você a ter resultados melhores, a investir menos recursos nas coisas erradas e, principalmente, vai poupar muita saúde mental (que você perderia tentando dar conta de tudo ao mesmo tempo).

Espero que tenham gostado e recomendo muito a leitura desse livro.

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