Minha jornada através da escrita

Eu sempre gostei de ler e escrever, lembro que quando era pequena, eu escrevia histórias que na minha cabeça iam ser transformadas em livros (Daí já vemos a veia empreendedora + o amor pela escrita).

Não sei se tem a ver com minha mãe trabalhar em livraria e eu ter praticamente nascido nesse mundo, ia todos os anos para Bienal. Ou se tem a ver com o signo ou com eu já nascer com esse amor pela escrita (não acredito tanto nisso, acho que se constrói, mas é algo que pode contar) Enfim, tinha uma criatividade enorme.

Das histórias para crianças na infância. Na adolescência, era a vez de escrever poesias para tirar de dentro de mim todas as crises existenciais por conta dos amores platônicos.

Em 2010, tive meu primeiro blog oficial, escrevia sempre, mas agora textos mais críticos. Falava sobre minha vida, meus medos, sobre política, livros. Tudo o que amava falar.

Mas com o tempo, muito da minha escrita foi se perdendo. A vida ficou muito corrida para eu parar e escrever. Em 2012, decidi começar a faculdade de jornalismo, pois no fim sabia que eu amava escrever e me expressar com palavras, mas é engraçado que mesmo com a faculdade de jornalismo, a minha escrita, de certa forma, continuou se perdendo.

Na faculdade, a gente acabava ficando muito refém da pauta jornalística, do tema do trabalho e do que eu “precisava” escrever e não do que eu realmente queria. Em alguns momentos tinha uma dificuldade enorme de parar e escrever um texto justamente porque era muito quadrado, tirava minha criatividade que eu sinceramente, nem lembrava que tinha.

Claro que tinha temas que me resgatavam o meu amor pela comunicação e eu realmente amei fazer a faculdade de jornalismo, mas mesmo depois de me formar, minha escrita continuou na geladeira.

Não me via mais como alguém criativa. Aparentemente, me distanciei muito daquela criança que amava imaginar e que escrevia historinhas para crianças.

Continuei no mercado de trabalho, na área de e-commerce, não tinha muito contado com a escrita, o que eu escrevia era mais as postagens das redes sociais.

Em 2016, comecei meu processo de autoconhecimento e fui escrever para alguns blogs referente ao assunto e também foi uma reconexão com minha escrita, recebi elogios, escrevi o que realmente acreditava.

Em 2018, criei o Desperta, Mulher! e voltei a escrever periodicamente, mas principalmente porque me coloquei essa meta, pois era importante para o negócio. Era uma maneira de me reconectar e mal percebia.

Com os ciclos que a vida traz, em 2019, parei um pouco de escrever aqui no blog e fui focando bem nas redes sociais. E comecei muito um movimento de ficar mais no automático, buscando conhecimento, sabedoria, produtividade e esquecendo do que realmente importa.

Porque sim, a gente esquece! Por vários motivos: A rotina, o dinheiro, o tempo, as crenças de não sermos boas o bastante e a falta de reconhecimento.

A escrita é algo importante para mim, mas como eu me saboto, entrei num looping de só escrever conteúdo para as redes e fui percebendo o quanto estava sendo cômodo e isso não necessariamente significa ser bom. Parei de me achar criativa há muito tempo, mas esse ano, com a pandemia muita coisa ressoou em mim e uma das coisas é que preciso ver o que realmente é importante e sair dessa roda de fazer mais do mesmo para que seja mais prazeroso para mim e para me conectar mais com vocês verdadeiramente.

Hoje escrever esse texto é um desabafo, uma retomada e uma mensagem para me lembrar do quanto a gente se sabota, do quanto a gente deixa coisas que são importante pra lá por vários motivos. Claro que aqui não falo só da escrita, mas usei-a como uma forma de me conectar com você e fazer você refletir: O que você gostava de fazer, o que era importante para você e você deixou para lá?

O que deixou para lá, pois começou a achar que não era o suficiente? Você é! E independente da sua forma de se expressar, você vai encontrar quem se identifique com a sua maneira e com a sua verdade, mesmo que hoje não pareça.

O Desperta, Mulher! tem o objetivo de  fazer você se inspirar e incentivar para realizar mudanças nas suas vidas e que acredita que isso possa e deva ser feito através da sua essência, da sua verdade e no seu tempo.

Seja bem-vinda ao novo ciclo de textos aqui no Desperta, mulher!

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