Como não voltar para as dívidas?
Há muito material disponível na internet com dicas sobre como sair das dívidas, mas o fato é que uma grande parte das pessoas que conseguem sair das dívidas, volta para o endividamento mais cedo ou mais tarde.
Isso acontece porque não foi resolvida a CAUSA do endividamento, mas sim o EFEITO.
Ter dívidas é o EFEITO de um comportamento adotado em determinadas situações.
A CAUSA é exatamente o que está por trás disso, o que leva a pessoa a adotar tal comportamento naquela situação.
O texto de hoje convida a olhar para a CAUSA do endividamento.
Vou detalhar quatro possíveis causas:
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Uso emocional do dinheiro
Há pessoas que usam o dinheiro para preencher vazios emocionais.
Geralmente, buscam prazer momentâneo das compras, felicidade em viagens, reconhecimento em títulos acadêmicos e certificações.
Não há nada de errado em comprar, viajar e fazer cursos, desde o custo caiba no orçamento e que haja consciência de que nada externo pode preencher os vazios emocionais.
No limite, as pessoas continuarão com seus vazios emocionais, com bolsos vazios e cheias de dívidas.
Se você se identificou com essa causa, recomendo: autoconhecimento e a leitura do texto sobre consumo consciente para ajustar seu comportamento de compra.
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Padrão de vida incompatível com o orçamento
Algumas pessoas têm um padrão de vida definido em suas mentes e geralmente não questionam se aquele padrão é o mais adequado para o orçamento atual. Dessa forma, direcionam o foco em conseguir o dinheiro necessário para manter esse padrão inflexível ainda que às custas de contrair novas dívidas.
Poucas delas sabem qual percentual da sua renda é consumida por custos fixos, ou seja, aqueles que inevitavelmente terão de pagar todos os meses: Aluguel, condomínio, parcela do carro, mensalidade escolar, planos de internet, TV, telefone, parcelas de compras passadas, etc.
Além disso, há gastos variáveis no dia a dia principalmente relacionados ao prazer e bem-estar que também são determinados pelo padrão de vida definido.
Custos fixos muito elevados, dificilmente deixarão espaço para uma vida prazerosa e muito menos para poupança que trará segurança perante a imprevistos.
O que recomendo é um mapeamento dos gastos, principalmente dos gastos fixos e avaliar com honestidade se o padrão de vida vigente está adequado. Caso não esteja, seja flexível e faça um plano de adequação desse padrão.
“Rico não é aquele que tem mais e sim aquele que menos precisa.”
Gretz
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Falta de preparo para lidar com imprevisto
Desemprego, doença, gravidez inesperada, são apenas alguns exemplos de imprevistos a que a maioria das pessoas estão expostas. Esses imprevistos implicam em redução na renda mensal ou aumento significativo dos gastos o que acaba por causar um desequilíbrio no orçamento familiar.
Se você não tiver uma reserva de dinheiro disponível para compensar esse desequilíbrio temporário, terá que buscar crédito e, inevitavelmente, vai se endividar.
Por isso, comece agora mesmo a treinar seu comportamento desenvolvendo o hábito de poupar mensalmente 10% do que ganha para formar sua reserva de emergência. Recomendo investir esse dinheiro em renda fixa de alta liquidez.
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Crenças
Crenças são verdades absolutas desenvolvidas principalmente na infância, a partir de frases ouvidas e comportamentos observados, no meio familiar e entre pessoas de seu convívio próximo.
Enquanto essas crenças estiverem ativas no inconsciente, elas serão manifestadas através de comportamentos automáticos.
Por exemplo:
Uma criança que vê a mãe ajudar os avós financeiramente pode assumir como verdade que todas as pessoas têm o dever de garantir a segurança financeira dos pais.
Já na fase adulta, a pessoa pode condicionar seu comportamento para garantir a estabilidade financeira familiar ainda que isso custe sua própria estabilidade financeira.
É necessário um processo de autoconhecimento para trazer essas crenças ao consciente e então conseguir questioná-las e escolher quebrar o padrão comportamental.
No processo de Coaching do Vida Financeira dedico uma sessão completa para investigação de crenças dos meus clientes, pois nem sempre é fácil avaliar essas questões sem apoio profissional.
Espero que você consiga identificar a causa do seu descontrole financeiro, pois feito isso, basta combater essa causa para nunca mais sofrer os seus efeitos e se livrar das dívidas de uma vez por todas!
Beijinhos
Patricia Panochia
www.suavidafinanceira.com
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